13 de novembro de 2004

Distante

Nas águas conturbadas da vida
Desafiamos o nosso leme.
A brisa teima em virar as velas
Desviando-nos para um sonho
Que se encontra no horizonte
Distante das nossas mãos
Perto do nosso olhar.
Faz-nos chorar no real infinito
Em que o som do grito
Atravessa a dor que teima em devorar
A nossa alma pura e inocente
De quem já foi gente no corpo de criança
Que nos deixou de herança
A vontade de flutuar
O vazio da nossa lembrança.

m@res

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