13 de novembro de 2004

Duas faces de Lua



Luar enternecedor,
Profundo é o seu olhar!
As almas do amor,
Plenas de Paixão
Invadem os corpos
Libertando palavras de desejo
No ar puro nocturno.
Reina a descoberta
O sonho,
A fantasia,
A alegria.

Na outra face,
Vive a solidão,
Que lhe rasga a pele.
Em completo desespero.
Uma imensa escuridão,
Invade o seu corpo
Sofredor.
Louca,
Loucamente,
Procura uma luz,
Uma luz eterna,
Que a ilumine no espaço do infinito.

Duas faces da Lua…
Duas faces da vida…

m@res

Distante

Nas águas conturbadas da vida
Desafiamos o nosso leme.
A brisa teima em virar as velas
Desviando-nos para um sonho
Que se encontra no horizonte
Distante das nossas mãos
Perto do nosso olhar.
Faz-nos chorar no real infinito
Em que o som do grito
Atravessa a dor que teima em devorar
A nossa alma pura e inocente
De quem já foi gente no corpo de criança
Que nos deixou de herança
A vontade de flutuar
O vazio da nossa lembrança.

m@res