17 de novembro de 2009

20 de outubro de 2009

A incerteza...



Há momentos na vida que fazem com que por vezes comecemos a viver na dúvida em relação às pessoas. Tudo se torna numa incerteza.

Olhamos para o dia de ontem, para o dia de hoje e pensamos em tudo e em tudo colocamos um ponto de interrogação.

Por vezes essa incerteza que nos magoa é passageira mas noutras alturas parece que dura uma eternidade.
Será desilusão, insegurança, medo da perda…?
Não sei!

Isolamo-nos, fugimos e tentamos esquecer tudo, para depois regressar à realidade e tentar recomeçar ou construir um novo caminho…

m@res

Chuva

Para quem já estava com saudades da chuva de outono, pois ai está ela, em força!
As saudades já foram pela água abaixo!!

O choro do Outono traz o flutuar das folhas que caiem no chão ...


Singin' In The Rain
Gene Kelly

I'm singing in the rain
Just singin' in the rain
What a glorious feeling
I'm happy again
I'm laughing at clouds
So dark up above
The sun's in my heart
And I'm ready for love
Let the stormy clouds chase
Everyone from the place
Come on with the rain
I have a smile on my face
I walk down the lane
With a happy refrain
Just Singin', singin' in the rain
Dancing in the rain
I'm happy again
I'm singin' and dancin' in the rain
I'm dancin' and singin' in the rain

6 de outubro de 2009

Amália Rodrigues - Estranha forma de vida (1965)



Faz hoje 10 anos que morreu a grande Senhora Amália Rodrigues.



Alguns poemas que ela escreveu:

Depois Disto...Desisto

Tantas coisas que já li
Outras tantas que vivi
Fazem de mim o que sou
Ai se eu tivesse esquecido
Tudo o que tenho vivido
E o coração decorou

Tudo é questão de memória
É o nosso pensamento
Que a vida nos vai passando
A memória faz história
Do que foi cada momento
Que nós vamos recordando

Isto da alma é segredo
Ninguém sabe desvendar
Os porquês de tudo isto
Sabemos que tarde ou cedo
Iremos a enterrar
E depois disto...desisto

Amália Rodrigues

____

Eu Vivo a Vida Perdida

Viver é estar-se perdido
Não sei se o terei ouvido
Se o li ou inventei
Desta ou daquela maneira
Não sou menos verdadeira
Nesta verdade que achei

Eu vivo a vida perdida
Sem esperança de me encontrar
Eu vivo e vai-se-me a vida
A tentar compreender
Sem conseguir entender
Porque me sinto perdida
Porque me sinto viver

Cantai-me o último fado
Peço flores dai-me flores
Que eu já vou a enterrar
Já me mataram as dores
Do sol que eu tinha no olhar
Ficou-me a noite tão escura
Talvez fosse de chorar

Amália Rodigues

____

Estranha Forma de Vida

Foi por vontade de Deus
Que eu vivo nesta ansiedade
Que todos os ais são meus
Que é toda minha a saudade
Foi por vontade de Deus

Estranha Forma de Vida
Que estranha forma de vida
Tem este meu coração
Vive de vida perdida
Quem lhe daria o condão
Que estranha forma de vida

Estranha Forma de Vida
Coração independente
Coração que não comando
Vives perdido entre a gente
Teimosamente sangrando
Coração independente

Estranha Forma de Vida
Eu não te acompanho mais
Pára deixa de bater
Se não sabes onde vais
Porque teimas em correr
Eu não te acompanho mais
Estranha Forma de Vida

Amália Rodigues

____

Teus Olhos São Duas Fontes


Teus olhos são duas fontes
Que eu queria ver chorar
Agua a correr pelos montes
Que chegasse ate ao mar

Teus olhos são meus pecados
Teus olhos pecados são
Que eu mesmo d'olhos fechados
Sei aonde teus olhos estão

Teus olhos são andorinhas
Que aparecem com o calor
Meu amor vê se adivinhas
O que já sabes de cor

Teus olhos duas asinhas
Que tu bates de mansinho
Teus olhos são andorinhas
Que perderam o caminho

Amália Rodrigues

30 de setembro de 2009

Roger Waters - Comfortably Numb

Uma maior solidão



Uma maior solidão
Lentamente se aproxima
Do meu triste coração.
Enevoa-se-me o ser
Como um olhar a cegar,
A cegar, a escurecer.

Jazo-me sem nexo, ou fim...
Tanto nada quis de nada,
Que hoje nada o quer de mim.

Fernando Pessoa, 23-10-1931

1 de setembro de 2009

É Proibido

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

Pablo Neruda

Timidez



A timidez é uma condição alheia ao coração, uma categoria, uma dimensão que desemboca na solidão.

Pablo Neruda

30 de agosto de 2009

"Noites Ritual"



Fotos dos "Dead Combo" e dos "Deolinda" no 1º dia das "Noites Ritual" no Palácio de Cristal.

"Dead Combo"


"Deolinda"


Foi uma noite bem passada em boa companhia!

23 de agosto de 2009

Pensamentos

Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens.

Fernando Pessoa, em "O Eu Profundo"

16 de agosto de 2009

A árvore dos amigos




Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples facto de terem cruzado o nosso caminho.
Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro.
A todas elas chamamos de amigo.
Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles.
O primeiro que nasce do broto, é o amigo pai e o amigo mãe.

Mostram o que é ter vida.
Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós.

Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem.
Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho.
Muitos desses denominados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz felizes...
Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e então é chamado de amigo namorado.
Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.
Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora. Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto.
Falando em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes.
Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra.
O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas. Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações.
Mas o que nos deixa mais felizes é que as que caíram continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria.
Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam com o nosso caminho.
Desejo a você, folha da minha árvore,
Paz...
Amor...
Saúde...
Sucesso...
Prosperidade...
Hoje e sempre...
Simplesmente por que:
Cada pessoa que passa em nossa vida é única.
Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.
Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada.
Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.

(Autor desconhecido)

14 de agosto de 2009

Música...



A música leva-nos até mais longe

Onde a alma flutua no silêncio

De uma melodia que voa

Livremente nas asas do pensamento.

M@res
(01.10.2007)

10 de julho de 2009

Homem T

Na Avenida dos Aliados, no Porto, estão exposto vários manequins de vários artistas. A iníciativa é do "Espaço T" e a exposição chama-se "Homem T"



Algumas fotos da Exposição:


9 de julho de 2009

Sea Life Porto

Ontem, ofereci ao meu sobrinho a sua prenda de anos (atrasada!!), uma visita ao Sea Life Porto. Tem as mais variadas espécies de peixes, desde tubarões, raias, peixes palhaços, peixes cachimbo, crias de tubarões, cavalos marinhos, estrelas do mar e outros em vários aquários de tamanhos diferentes.
Vale a pena ir e ver a alegria dos miúdos!!

Aqui ficam algumas fotos que tirei (sem flash!)

1ª parte


2ªparte

8 de julho de 2009

Coração

Cheio de nada,
Meu coração flutuou.
Leve como um pena,
Num rio pousou.
Sede de vida,
Na água secou.

m@res

28 de junho de 2009

Chuva

Mariza - Chuva



Chuva

As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir

Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir


São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer

A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera

Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera

A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade

Composição: Jorge Fernando

26 de junho de 2009

Amigo...




Amigo é aquele que o tempo não apaga,
a distância não separa e a maldade não destrói,
amigo é um ser diferente é aquele que está sempre presente
quando a solidão nos doí.

O verdadeiro amigo não é aquele que nos alegra com mentiras,
mas sim aquele que nos ofende com as verdades.

Ser amigo não é coisa de um dia, são actos, palavras e atitudes
que se solidificam no tempo e não se apagam mais.

A amizade são verdadeiros carinhos que a chuva não apaga,
o vento não leva, o fogo não queima, a terra não contém
e o tempo não esquece.

(autor desconhecido)

21 de junho de 2009

A Hora do diabo

"...A música, o luar e os sonhos são as minhas armas mágicas. Mas por música não deve entender-se só aquela que toca, se não também aquela que fica eternamente por tocar. Por luar, ainda, não se deve supor que se fala só do que vem da lua e faz as árvores grandes perfis; há outro luar, que o mesmo sol exclui, e obscurece em pleno dia o que as coisas fingem ser. Só os sonhos são sempre o que são. É o lado de nós em que nascemos e em que somos sempre naturais e nossos..."

Fernando Pessoa - A Hora do diabo



À música, ao luar e aos sonhos acrescentaria o mar...

Ao luar,
Perco o olhar
No mar estendido
Na areia amarela.
No horizonte dos meus sonhos
Ouço a melodia
Das ondas do silêncio.

m@res

18 de junho de 2009

Corações distantes



Talvez eu não saiba o quanto eu realmente te amo,
nem você, nem as estrelas que me acompanham.
Nesta noite fria e distante, meus olhos se perdem,
ora miram o vísível da noite, ora o invisível da mente.
Eu me perco nesta viagem, nesta saudade.
O coração sente a sua proximidade, mesmo tão distante…

Talvez o amor seja essa descoberta,
de que precisamos um do outro,
ainda que completos, ressentidos,
tão imaturos ou amadurecidos.
Inocentes ou calejados pela vida.

Vivendo do que fomos ontem,
pensando no amanhã,
descubro que te quero hoje.

O meu dia é você!
E para isso não preciso de filosofia,
nem discuto com o analista, apenas sinto.
Sinto a sua falta como se fosse algo palpável,
como se existisse uma máquina capaz de medir,
e a dor da ausência é inexplicável…

Por isso, me perco nestas notas,
anotando o descompasso do meu coração,
para dizer o que não sei explicar,
queria apenas poder gritar:te amo,
ou quem sabe sussurrar: te desejo.

Me perder de vez nos teus braços,
para deixar de ser ausência,
e ser simplesmente calor,
escrevendo assim na eternidade,
a mais bela história de amor.


Paulo Roberto Gaefke

Por favor...



Por favor esqueça;
os desaforos e decepções causadas pelas pessoas:
são como pedras pesadas em nossa mala de viagem,
atrasam, cansam e são inúteis.


Por favor não esqueça;
as palavras de incentivo e o carinho dos amigos,
são como flores e alimentos para alma,
perfumam e nos empurram para a vitória.


Por favor esqueça;
os erros cometidos, os deslizes,
ninguém é perfeito e estamos em constante evolução.
Viver no passado e com arrependimento é morrer aos poucos,
suícidio lento e doloroso...


Por favor não esqueça;
transforme cada erro em aprendizado,
e cada acerto em prêmio,
uma recompensa pela sua persistência.
Felicidade é uma meta, mas alegria é fundamental.
Acredite: você pode muito mais!

Por favor esqueça;
o amor que se foi e o relacionamento que não foi,
a paixão mal vivida, o lar desfeito,
a incompreensão de quem você tanto amou,
mágoas que ocupam vaga no seu coração.
Liberte-se!
Abra espaço para um novo amor.


Por favor não se esqueça;
Somos frutos do amor, e por ele vivemos,
não se feche, mas não se iluda,
não confunda carência com certeza,
medo da solidão com persistência.
O amor pede tempo, paciência e esperança,
que se renovam agora com uma certeza:
"ele acontece de muitas formas
e tantas vezes quantas forem necessárias".
Somos a própria chama do amor.

Jamais se esqueça de ser feliz!


Paulo Roberto Gaefke

11 de junho de 2009

Insónia

Não durmo, nem espero dormir.
Nem na morte espero dormir.
Espera-me uma insônia da largura dos astros,
E um bocejo inútil do comprimento do mundo.

Não durmo; não posso ler quando acordo de noite,
Não posso escrever quando acordo de noite,
Não posso pensar quando acordo de noite –
Meu Deus, nem posso sonhar quando acordo de noite!

Ah, o ópio de ser outra pessoa qualquer!

Não durmo, jazo, cadáver acordado, sentindo,
E o meu sentimento é um pensamento vazio.
Passam por mim, transtornadas, coisas que me sucederam
– Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que me não sucederam
– Todas aquelas de que me arrependo e me culpo;
Passam por mim, transtornadas, coisas que não são nada,
E até dessas me arrependo, me culpo, e não durmo.

Não tenho força para ter energia para acender um cigarro.
Fito a parede fronteira do quarto como se fosse o universo.
Lá fora há o silêncio dessa coisa toda.
Um grande silêncio apavorante noutra ocasião qualquer,
Noutra ocasião qualquer em que eu pudesse sentir.

Estou escrevendo versos realmente simpáticos –
Versos a dizer que não tenho nada que dizer,
Versos a teimar em dizer isso,
Versos, versos, versos, versos, versos...
Tantos versos...
E a verdade toda, e a vida toda fora deles e de mim!

Tenho sono, não durmo, sinto e não sei em que sentir.
Sou uma sensação sem pessoa correspondente,
Uma abstração de autoconsciência sem de quê,
Salvo o necessário para sentir consciência,
Salvo – sei lá salvo o quê...

Não durmo. Não durmo. Não durmo.
Que grande sono em toda a cabeça e em cima dos olhos e na alma!
Que grande sono em tudo excepto no poder dormir!

Ó madrugada, tardas tanto... Vem...
Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta...
Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperança,
Segundo a velha literatura das sensações.

Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.
O meu cansaço entra pelo colchão dentro.
Doem-me as costas de não estar deitado de lado.
Se estivesse deitado de lado doíam-me as costas de estar deitado de lado.
Vem, madrugada, chega!

Que horas são? Não sei.
Não tenho energia para estender uma mão para o relógio,
Não tenho energia para nada, para mais nada...
Só para estes versos, escritos no dia seguinte.
Sim, escritos no dia seguinte.
Todos os versos são sempre escritos no dia seguinte.

Noite absoluta, sossego absoluto, lá fora.
Paz em toda a Natureza.
A Humanidade repousa e esquece as suas amarguras.
Exactamente.
A Humanidade esquece as suas alegrias e amarguras.
Costuma dizer-se isto.
A Humanidade esquece, sim, a Humanidade esquece,
Mas mesmo acordada a Humanidade esquece.
Exactamente. Mas não durmo.

Álvaro de Campos

10 de junho de 2009

Pus o meu sonho num navio



Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio…

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.


Cecília Meireles